As agências sociais do WasteBank nas comunidades

Nos últimos anos, a inclusão digital tem sido um dos maiores desafios para as comunidades brasileiras em situação de vulnerabilidade. A falta de acesso à internet, a exclusão do sistema bancário e a escassez de soluções inovadoras têm dificultado a melhoria das condições de vida dessas populações. No entanto, para que haja uma mudança de realidade dessas comunidades, é necessário que as iniciativas apostem em elementos que integram aspectos sociais, ambientais e econômicos de forma integral.

Em 2021, o WasteBank, por meio do projeto Novo Trilho em parceria com a VLI Logística, chegou à comunidade de Nova Cintra, em Belo Horizonte, estabelecendo a primeira agência social, de um banco digital, em uma comunidade brasileira. O projeto foi um divisor de águas ao integrar tecnologia e sustentabilidade, criando uma dinâmica inovadora que não só ajudou a resolver problemas ambientais, mas também trouxe soluções financeiras e de inclusão social para a comunidade.

Mas afinal, o que é uma Agência Social?

Este modelo vai além de ser um simples ponto de atendimento físico. Trata-se de uma estrutura que utiliza a tecnologia para atender demandas sociais e ambientais de uma maneira que beneficie diretamente a comunidade. Muito além de um ecoponto, é um espaço de acolhimento social, gerando educação, renda e atendendo solicitações de forma prática e rápida.

No caso do WasteBank, a ideia foi integrar a tecnologia à economia circular, permitindo que moradores de Nova Cintra trocassem resíduos recicláveis por créditos através de uma plataforma digital. Essa troca não só promoveu a sustentabilidade, mas também trouxe benefícios financeiros diretos para as famílias, criando uma rede de economia solidária e colaborativa.

Hoje, são mais de 10 cidades com agências sociais do WasteBank, em parceria com diversas empresas que apoiam e desenvolvem iniciativas de empoderamento social e ambiental.

O modelo de agência do WasteBank serve como um exemplo valioso de como as tecnologias podem ser usadas para transformar realidades de maneira prática e significativa. Enquanto iniciativas como a do PagBank em Paraisópolis representam avanços importantes para a inclusão financeira, o modelo do WasteBank mostrou que a verdadeira inovação digital vai além da economia bancária. Ela pode, e deve, envolver também a transformação do meio ambiente e o fortalecimento das comunidades em uma visão holística de desenvolvimento sustentável.